Associação de Surdos da Ilha de S. Miguel
A FENPROF lançou no seu site uma petição (aqui) para a revogação do DL 3/2008.
Todas as associações de surdos se congratularam com este decreto. Dois post ’s antes já nos referimos a este decreto e às suas óbvias vantagens. Alunos surdos espalhados por salas de aulas em que não “ouvem” o que o professor diz porque não têm lá nenhum intérprete de linguagem gestual, que beneficiam? Que apreendem? Nada, ou quase nada. Beneficiam da carolice e dedicação de alguns professores. Nas escolas onde existem. Se nada apreendem, desmotivam-se. Abandonam a escola. Já em anterior post perguntámos aqui qual era a taxa de sucesso de alunos surdos. Se era igual ou diferente dos alunos sem deficiência auditiva. Se a taxa dos que estão na universidade era a mesma dos alunos sem deficiência auditiva. Não obtivemos resposta. Também a pedimos por via oficial e também não obtivemos resposta. O DL 3/2008 vem, de facto, dar resposta objectiva às necessidades dos alunos surdos. Alunos surdos em salas de aulas sem intérprete não estão incluídos: estão excluídos. Se não entenderem tudo o que os não surdos entendem das matérias ministradas, não estão incluídos: estão excluídos. Se não tiverem uma capacidade de comunicação bidireccional não estão incluídos: estão excluídos. Como porão uma dúvida ao professor de uma disciplina se o professor não tiver capacidade para os entender sem intérprete? Não é só o aluno que tem de apreender a matéria, o professor também tem de apreender as dificuldades, ou não, do aluno. Isto é o bidireccional . O Capítulo V, Artigo 23, nº 5 é suficientemente específico e esclarecedor do que é necessário para um aluno surdo estar devidamente integrado na escola.
Só não se percebe o que busca a FENPROF .
De M a 4 de Abril de 2008 às 15:57
Eu Portadora de Deficiência Bilateral Profunda sou a favor do ensino regular, e inclui crianças Implantadas com sucesso... afinal colocaram um Implante Coclear para dar mais ênfase à oralidade e desenvolvimento cognitivo semelhante a queles que ouvem perfeitamente. - ainda hoje uma mãe de um menino surdo profundo e implantado, bem integrado na turma, fala bem e acompanha as aulas sem dificuldade algumas, est à revoltada com a Lei... e tem todas as razões! O menino não sabe falar LGP . Porque não criar duas sessões educativas distintas? Departamentos? Onde est à a voz dos Surdos Oralistas ? Resumido o Ministro de Educação não pensou em NÓS!
Segundo, a Escola de Referência para Surdos, é tão somente para quem usa a sua própria linguagem: LGP ...!
Não me admira que em Espanha tenham uma politica digna de reconhecimento, todas as crianças surdas estão integradas nos ensinos regulares!
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Eu Portadora de Deficiência Bilateral Profunda sou a favor do ensino regular, e inclui crianças Implantadas com sucesso... afinal colocaram um Implante Coclear para dar mais ênfase à oralidade e desenvolvimento cognitivo semelhante a queles que ouvem perfeitamente. - ainda hoje uma mãe de um menino surdo profundo e implantado, bem integrado na turma, fala bem e acompanha as aulas sem dificuldade algumas, est à revoltada com a Lei... e tem todas as razões! O menino não sabe falar LGP . Porque não criar duas sessões educativas distintas? Departamentos? Onde est à a voz dos Surdos Oralistas ? Resumido o Ministro de Educação não pensou em NÓS! <BR><BR>Segundo, a Escola de Referência para Surdos, é tão somente para quem usa a sua própria linguagem: LGP ...! <BR><BR>Não me admira que em Espanha tenham uma politica digna de reconhecimento, todas as crianças surdas estão integradas nos ensinos regulares! <BR><BR class=incorrect name="incorrect" <a>È</A> o nosso Portugal.... melodram à tico. <BR><BR>M.
De
asism a 4 de Abril de 2008 às 23:11
Interessante opinião.
Mas aqui nos Açores não conhecemos ninguém com um implante. E sabemos de alunos surdos, sozinhos , em escolas onde não aprendem nem LGP nem Oralidade. Não aprendem. Estão incluídos na escola, mas excluídos. É compreensível que as duas correntes de ensino (oralidade e LGP ) tivessem o seu espaço e a sua adopção. Todavia parece-nos que nem uma nem outra são devidamente implantadas. Para a realidade dos Açores, talvez, salvo melhor opinião, a solução proposta pelo DL 3/2008 seja a melhor. Ainda hoje recebi informações que transcrevo:
«O Congresso em Nova York foi grandioso (mais de 12000 comunicações). O mais proveitoso foi ter pertencido a um grupo de discussão sobre as questões da leitura nos surdos. Realmente, andamos todos à procura do melhor método e acabamos por chegar ao mesmo: Tal como os cegos têm o Braille, os surdos têm de ter uma língua escrita baseada na LG que traduza a língua oral de cada país. Já há investigações que provam que é este o caminho do sucesso... Para quando esta realidade? Por enquanto, fica a esperança...»
Numa ilha, isolado numa escola, sem monitores de LGP , de terapeutas da fala e de professores específicos, o aluno surdo está totalmente excluído. Falamos de uma realidade que conhecemos. O DL 3/2008 é uma esperança. Não sabemos da viabilidade da sua implantação. Mas é a única esperança para os surdos dos Açores. Depois ainda há os alunos ouvintes e filhos de pais surdos. Que é uma outra variante do mesmo problema.
Resta a Esperança.
E mais comentários para enriquecerem este debate. Todas as contribuições são bem vindas. Bem hajam.
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