Para lidar com a nova lei? Para se assumirem como parte integrante das novas regras? Para exigirem os direitos dos seus filhos surdos? Estão?
Podem aceder ao decreto, por exemplo, aqui.
Chamamos a atenção a dois pontos que consideramos fulcrais.
1- No Capitulo I, Artigo 2º, nº 4;
2 - No Capitulo V, Artigo 23º. E neste artigo destacamos o nº 5 que refere os docentes que devem existir nas escolas de referência, no que aos cidadãos alunos surdos respeita:
a) Docentes com formação especializada em formação especial, na àrea da surdez, competentes em LGP (docentes surdos e ouvintes dos vários níveis de educação e ensino), com formação e experiência no ensino bilingue de alunos surdos;
b) Docentes surdos de LGP;
c) Intérpretes de LGP;
d) Terapeutas da fala.
Pergunta-se: Como é que vai ser o próximo ano lectivo nos Açores para os alunos surdos?
Já se percebeu que pais e professores se esquivam a comentar. Mas outros que queiram contribuir para o debate são bem vindos.
Achamos estranho que nem professores nem pais tenham até agora comentado. Mas somos capazes de compreender. A visita que fizemos à escola de Vila Franca do Campo foi muito frutífera. Ensinaram-nos muito. Voltaremos lá para a semana.
Ninguém comentou nem a Direcção Regional de Educação nos respondeu. O que já não achamos estranho.
A questão que se punha era sobre a taxa de sucesso escolar do cidadão surdo nos Açores. Estamos informados, sem que seja informação exacta, que só uma cidadã surda frequenta actualmente a universidade. O que denuncia algo acerca da tal taxa.
O ideal seria que o cidadão surdo, logo que detectada a sua incapacidade auditiva, depois dos seis meses a um ano, começasse a ser iniciado na linguagem gestual. Para que depois no 1º ciclo do básico se tornasse um bilingue competente, devidamente instruído . E a partir do grau seguinte, sempre sendo um cidadão incluído , evoluindo com intérprete na sala, em cada disciplina. Não faz sentido ter um professor a debitar matéria numa sala onde há alunos surdos, sem que haja um intérprete. Se o não houver o que faz lá o aluno? Não ouve, não entende o que o professor está a ensinar. Sente-se excluído. Irrita-se e desinteressa-se do ensino. Se não houver um intérprete de LGP em cada sala de alunos surdos, não há inclusão: há exclusão. Sem intérprete como é que ele pode apreender o mesmo que os outros? E com que sucesso?
Ficamos a aguardar comentários. Podem ser anónimos já que há tanto titubear.
AMIGOS
INTERESSE
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DAS ASSOCIAÇÕES DE SURDOS
ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SURDOS
Unidade de Apoio à Educação de Crianças e Jovens Surdos - Beja
EDUCAÇÃO
STEDA (MADEIRA) Serviço Técnico Educação Deficientes Auditivos